Retinose Pigmentar: O que é, Sintomas, Diagnóstico e Tratamentos | SBRV

05/05/2025

A retinose pigmentar é um grupo de doenças hereditárias que causam degeneração progressiva dos fotorreceptores, resultando em perda de visão noturna e redução concêntrica do campo visual, conhecida como “visão tubular”.

O QUE É

Distrofia retinal hereditária caracterizada por depósitos pigmentares em “espículas ósseas”, atrofia do epitélio pigmentar e palidez do nervo óptico, levando à perda progressiva da função visual.

CAUSAS E FATORES DE RISCO

  • Mutações genéticas em mais de 60 genes conhecidos (RHO, USH2A, entre outros).
  • Padrões de herança: autossômico recessivo, dominante ou ligado ao cromossomo X.

SINTOMAS

  • Nictalopia: dificuldade de enxergar em ambientes com pouca luz (primeiro sintoma).
  • Visão tubular: perda progressiva do campo visual periférico.

DIAGNÓSTICO

  1. ERG (eletroretinograma): respostas retinianas severamente reduzidas ou ausentes.
  2. Fundoscopia: pigmentação em “espículas ósseas”, vasos retinianos afilados e palidez do disco óptico.
  3. Teste genético: identifica a mutação responsável pela condição.

TRATAMENTO

  • Vitamina A palmitato: pode desacelerar a progressão em alguns casos (monitorar função hepática)¹.
  • Óculos escuros: proteção contra fotofobia e luz intensa.
  • Próteses retinianas: dispositivos implantáveis em desenvolvimento para casos avançados².
  • Terapia gênica: promissora para mutações específicas, em fase experimental.

PROGNÓSTICO

  • Progressão lenta; muitos pacientes mantêm visão central até a sexta ou sétima década de vida.
  • Campo visual progressivamente limitado impacta a qualidade de vida.

PREVENÇÃO E CUIDADOS

  • Teste genético: importante para diagnóstico preciso e aconselhamento familiar.
  • Acompanhamento anual: com ERG, avaliação do campo visual e suporte oftalmológico.

REFERÊNCIAS

  1. Berson EL, et al. Arch Ophthalmol. 1993;111(5):687–692.
  2. Stingl K, et al. Ophthalmology. 2017;124(8):1200–1207.

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