Retinopatia Diabética: O que é, Sintomas, Diagnóstico e Tratamentos | SBRV

05/05/2025

A retinopatia diabética é uma complicação do diabetes que afeta os vasos da retina, comprometendo a visão central e periférica. Estima-se que até 80 % dos pacientes com diabetes de longa duração apresentem algum grau de retinopatia¹. A detecção e o tratamento precoce são fundamentais para evitar a cegueira.

O QUE É RETINOPATIA DIABÉTICA?

Doença vascular retiniana causada pela hiperglicemia crônica, que leva a alterações na parede capilar, extravasamento de fluidos e formação de novos vasos frágeis (neovascularização).

Fases:

  • Não proliferativa: microaneurismas, hemorragias e exsudatos.
  • Proliferativa: crescimento de neovasos que podem sangrar e causar descolamento de retina.

CAUSAS E FATORES DE RISCO

  • Diabetes mal controlado (glicemia alta).
  • Hipertensão arterial.
  • Dislipidemia (colesterol elevado).
  • Tempo de diabetes > 10 anos.

SINTOMAS

  • Visão embaçada intermitente.
  • Moscas volantes (floaters).
  • Manchas escuras no campo visual.
  • Perda súbita de visão (em casos de sangramento vítreo).

DIAGNÓSTICO

  • Mapeamento de retina com dilatação prévia das pupilas.
  • OCT: avalia espessura retiniana e edema.
  • Angiofluoresceinografia: mapeia vazamentos vasculares.

TRATAMENTO

  • Controle metabólico: glicemia e PA rigorosos.
  • Fotocoagulação a laser focal e panretiniana: evita neovascularização².
  • Injeções intravítreas de anti-VEGF e esteróides: reduzem edema e neovasos.
  • Vitrectomia: em sangramentos vítreos ou descolamentos tracionais.

PROGNÓSTICO

Com controle adequado e tratamento precoce, a maioria mantém visão funcional. Sem intervenção, risco alto de cegueira.

PREVENÇÃO E CUIDADOS

  • Exames oftalmológicos anuais (diabéticos tipo 2) ou semestrais (tipo 1).
  • Controle rigoroso de glicose, PA e lipídios.
  • Estilo de vida saudável: atividade física e dieta balanceada.

PERGUNTAS FREQUENTES

  1. Diabetes sempre causa retinopatia?
    – Não, mas o risco aumenta com tempo e glicemia descontrolada.
  2. Laser dói?
    – Confortável, sob anestesia tópica.
  3. Injeções são dolorosas?
    – Desconforto mínimo, feito com anestesia local.
  4. Posso voltar ao trabalho após laser?
    – Sim, no dia seguinte.
  5. Há cura?
    – Não; controle e tratamento retardam progressão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. Yau JWY, et al. Global prevalence of diabetic retinopathy. Diabetes Care. 2012;35(3):556–564.
  2. Early Treatment Diabetic Retinopathy Study Research Group. Arch Ophthalmol. 1991;109(12):1797–1808.

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