Melanoma Maligno de Coroide: O que é, Sintomas, Diagnóstico e Tratamentos | SBRV

05/05/2025

O melanoma de coroide é o tumor intraocular maligno mais comum em adultos, originado nos melanócitos da coroide. Embora raro (5–7 casos/ milhão/ano), requer diagnóstico precoce para reduzir risco de metástase1.

O QUE É MELANOMA DE COROIDE?

Neoplasia pigmentar que cresce entre a coroide e a retina, podendo causar descolamento exsudativo e hemorragias.

CAUSAS E FATORES DE RISCO

  • Predisposição genética: mutações em GNAQ e BAP12.
  • Cor dos olhos clara e história de nevus coroideanos.
  • Exposição UV (não tão clara quanto na pele).

SINTOMAS

  • Perda gradual de visão em um olho.
  • Moscas volantes e flashes.
  • Mancha escura percebida pelo paciente.

DIAGNÓSTICO

  1. Exame de fundo de olho: massa pigmentar.
  2. Ultrassom ocular (A- e B-scan): avalia ecogenicidade e espessura.
  3. Angio-OCT: vascularização tumoral.
  4. Ressonância magnética: extensão extraocular.
  5. Punção aspirativa por agulha fina (casos duvidosos).

TRATAMENTO

  • Radioterapia braquiterápica (placas de Iodo-125): padrão-ouro para tumores ≤10 mm de espessura3.
  • Radioterapia externa (protonterapia): em casos maiores ou próximos ao nervo óptico.
  • Enucleação: tumores volumosos ou com complicações.
  • Termoterapia transpupilar: adjuvante em pequenos melanomas.

PROGNÓSTICO

  • Sobrevida em 5 anos: 70–80 % nos tumores tratados precocemente4.
  • Metástase hepática: principal causa de mortalidade; rastreamento anual.

PREVENÇÃO E CUIDADOS

  • Monitoração de nevus coroideanos com foto e ultrassom anual.
  • Exames oftalmológicos regulares após os 50 anos.

PERGUNTAS FREQUENTES

  1. Nevus vira melanoma sempre?
    – Não; <1 % ao ano de transformação.
  2. Radioterapia causa visão ruim?
    – Pode reduzir campo visual; depende da localização.
  3. Risco de metástase?
    – Cerca de 50 % em 10 anos se não tratado.
  4. Há prevenção?
    – Monitoramento de lesões benignas e proteção UV.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. Kujala E, et al. Uveal melanoma: epidemiology and survival. Ophthalmology. 2003;110(4):772–778.
  2. Onken MD, et al. GNAQ mutations in uveal melanoma. Science. 2008;319(5870):237.
  3. Harbour JW, et al. Plaque brachytherapy for choroidal melanoma. Arch Ophthalmol. 2012;130(10):1327–1333.
  4. Diener-West M, et al. Metastatic risk in uveal melanoma. Ophthalmology. 2005;112(1):104–113.

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