Coroidite Serpiginosa: O que é, Sintomas, Diagnóstico e Tratamentos | SBRV

05/05/2025

A coroidite serpiginosa é uma inflamação crônica da coroide com progressão em bordas onduladas (“serpiginosas”), que pode afetar a retina adjacente. Ocorre geralmente em adultos entre 30 e 60 anos, causando lesões hipopigmentadas que evoluem para cicatrizes hiperpigmentadas com piora da visão central e periférica.

O QUE É

Doença inflamatória autoimune ou pós-infecciosa caracterizada por áreas de inflamação que se espalham pela coroide em padrões semelhantes a “S” ou “U”, geralmente iniciando próximo à papila e avançando em direção à mácula.

CAUSAS E FATORES DE RISCO

  • Origem autoimune presumida.
  • Associações com tuberculose latente e sarcoidose em alguns casos.
  • Mais comum entre 30 e 60 anos.

SINTOMAS

  • Manchas ou escotomas com formato irregular (“raquete”) no campo visual.
  • Visão embaçada ou distorcida, especialmente quando a mácula é atingida.
  • Fotofobia pode ocorrer em alguns casos.

DIAGNÓSTICO

  • Fundoscopia: lesões amareladas com bordas serpiginosas, geralmente iniciando ao redor da papila.
  • ICGA (angiografia com indocianina verde): destaca áreas de inflamação na coroide.
  • OCT: pode revelar descolamento exsudativo da retina nas fases ativas.
  • Angiofluoresceinografia: mostra hipofluorescência precoce e hiperfluorescência tardia nas lesões ativas.

TRATAMENTO

  • Uso de corticoesteroides sistêmicos (pulsoterapia e via oral).
  • Imunomoduladores e imunobiológicos são indicados em casos persistentes ou recidivantes.

PROGNÓSTICO

  • Controle da progressão em cerca de 70% dos casos com tratamento adequado.
  • Cicatrizes pigmentadas permanentes nas áreas afetadas da coroide.

PREVENÇÃO E CUIDADOS

  • Acompanhamento mensal durante a fase ativa da doença.
  • Após estabilização, controle clínico e por exames de imagem com intervalos regulares.

PERGUNTAS FREQUENTES

  1. A doença pode voltar?
    – Sim. Recidivas são comuns sem tratamento imunossupressor contínuo.
  2. A coroidite serpiginosa causa dor?
    – Geralmente não; os sintomas principais são visuais.

REFERÊNCIAS

  • Mrejen S, et al. Prog Retin Eye Res. 2015;45:100–128.
  • Guex-Castellie E, et al. Ophthalmology. 2010;117(3):490–496.

Compartilhe: