A coriorretinopatia serosa central (CSC) caracteriza-se pelo acúmulo de fluido subretiniano em caráter agudo ou crônico, levando a uma bolha de descolamento neurossensorial que distorce a visão central1.
O QUE É CSC?
Vazamento de fluido do epitélio pigmentado para o espaço subretiniano, formando área elevada na mácula.
CAUSAS E FATORES DE RISCO
- Estresse e cortisol elevado.
- Uso de corticosteroides sistêmicos ou tópicos.
- Hipertensão arterial.
- Gênero masculino e idade entre 30–50 anos.
SINTOMAS
- Mancha ou distorção central de visão.
- Metamorfopsia leve.
- Visão embaçada que melhora ao apagar luz.
DIAGNÓSTICO
- OCT: identifica o descolamento neurossensorial.
- Angiografia com indocianina verde (ICGA): mapeia pontos de vazamento e cronicidade.
TRATAMENTO
- Observação: 80–90 % dos casos agudos regridem em 3–4 meses.
- Fotocoagulação focal a laser ou micropulso: em vazamentos bem localizados.
- Inibidores de mineralocorticoide (eplerenona): uso off-label nas formas crônicas.
- Terapia fotodinâmica de baixa intensidade: indicada na forma crônica.
PROGNÓSTICO
- Agudo: boa recuperação visual em semanas.
- Crônico: risco de atrofia do epitélio pigmentado e redução permanente da visão.
PREVENÇÃO E CUIDADOS
- Evitar estresse excessivo e uso desnecessário de corticosteroides.
- Acompanhamento trimestral até a resolução completa.
PERGUNTAS FREQUENTES
- CSC volta?
– Sim; recidivas ocorrem em até 30 % dos pacientes. - Tratamento sempre é necessário?
– Apenas nas formas crônicas; casos agudos geralmente regridem espontaneamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Nicholson B, et al. Central serous chorioretinopathy: review and update. Surv Ophthalmol. 2013;58(2):103–126.